20 de junho de 2012

TORRES NOVAS


TORRES NOVAS

A data da fundação de Torres Novas mantém-se incerta até aos nossos dias mas a região onde a cidade de insere foi procurada e habitada desde tempos imemoriais.

Segundo a História, diversos terão sido os povos que ocuparam Torres Novas ao longo dos tempos: gregos, romanos, celtas, árabes.

Significativa foi a presença romana na região, comprovada por muitos vestígios entre os quais ressaltam as ruínas da Villa Cardilium predominantemente do séc. IV da nossa era mas revelando vestígios de ocupações anteriores (séculos I e II pelo menos).

Em 1148, D. Afonso Henriques conquista definitivamente Torres Novas aos árabes e, a 1 de Outubro de 1190, D. Sancho I atribui-lhe o primeiro foral e manda reconstruir o seu castelo, que havia ficado extremamente devastado. Mais tarde, em 1376, D. Fernando ordena a sua reconstrução, após as guerras com Castela.

Foi exactamente em redor do castelo que se constituiu o primeiro aglomerado populacional de Torres Novas. Ao longo da cerca, conjunto de muralhas que cercava a fortaleza e a defendia dos ataques inimigos, existiam quatro arcos ou postigos, que funcionavam como as principais artérias de entrada e saída da vila.

Esta primitiva estrutura urbana manteve-se em boa parte constante até ao séc. XVI, porque embora se tivesse registado um aumento demográfico, a população ocupava os espaços ainda disponíveis dentro da muralha, essencialmente junto à igreja do Salvador.

As áreas que, nos séculos XVI e XVII, constituíam potenciais pólos de atracção populacional e consequente implantação urbana eram essencialmente a judiaria e os locais onde se haviam erigido edifícios religiosos. Assim, a vila tende a expandir-se para as zonas da antiga rua Direita, pela existência do convento do Espírito Santo; Rossio do Carrascal, onde se havia implantado o convento de S. Gregório Magno e para a Berlé, onde se instituiu o Convento dos frades Arrábidos e onde mais tarde se passou a fixar o Bairro de Santo António. Seriam estas as áreas que, durante a Idade Moderna, compunham as principais artérias de ligação entre a vila e o arrabalde, a partir das quais cresceram os bairros que ainda hoje compõem o tecido urbano da cidade: Valverde, Santiago, Anjos, São Pedro, Santo António, S. Domingos, Babalhau, Vale e Silvã.

Mais tarde, nos finais do século XIX, grande parte da muralha e os arcos acabaram por ser demolidos. O que resta sofreu recente e cuidada consolidação e/ou restauro o que lhe veio dar maior visibilidade e acrescentar beleza ao espaço envolvente nomeadamente na zona do castelo.


9 de junho de 2012

AS IGREJAS DO SALVADOR, SÃO TIAGO E SÃO PEDRO DE TORRES NOVAS

Com o título acima e da autoria de Vítor Serrão, acaba de ser editado um novo e muito interessante livro sobre a não menos interessante cidade de Torres Novas.
É o culminar de uma parceria criada há três anos entre a Câmara Municipal e várias colectividades da cidade entre as quais a Igreja Católica local. Visava a recuperação do centro histórico e contou com apoios comunitários.
Em boa hora se constituiu esta união de esforços que tão frutuosos resultados trouxe para a comunidade torrejana em particular para a comunidade católica que viu cuidadosamente restauradas as suas principais igrejas, exactamente estas referidas no livro. E tudo indica que por muitos e bons anos.
Na sessão de apresentação do livro o Doutor Vítor Serrão realçou o rico património existente na cidade e que este esforço conjugado de restauro material e pesquisa científica recolocaria Torres Novas no mapa do turismo de arte e património. 
Para os torrejanos em geral é a possibilidade de ver com outros olhos, com outro olhar, o rico património que há muito existe na cidade mas agora restaurado, limpo, recolocado em lugar digno e, em muitos casos, reclassificado ou (re)identificado graças ao notável labor de Vítor Serrão e de muitos outros que o apoiaram na sua obra entre os quais é justo salientar a Câmara Municipal cujo presidente marcou presença na sessão de lançamento e o pároco que esteve no arranque da iniciativa, o reverendo padre Carlos Alberto Dias. 
Estão de parabéns as colectividades envolvidas no protocolo que hoje viu concluída uma parte significativa dos seus objectivos e estão de parabéns todos os torrejanos que com as três igrejas recuperadas e mais o chamado edifício de São Pedro têm à sua disposição não só os templos mas também um espaço de actividade social muito importante, funcional e acolhedor.